Participantes do TOC Américas Panamá 2018, que está
se realizando no país caribenho, foram conhecer o Centro de Visitantes do Canal
Ampliado nesta terça-feira, 13, e as modernas instalações do Manzanillo
International Terminal (MIT), localizada na região e que se destaca pelo
pioneirismo na automatização dos seus processos.
O
vice-presidente de Mercado e Assuntos corporativos do MIT, Juan Carlos Croston,
afirmou que o terminal está na vanguarda em tecnologia portuária na América
Latina. Conta com dois dos três complexos portuários mais grandes do continente
Cólon e Balboa, primeiro e terceiro, respectivamente. “Este ano vamos fechar
com 2,1 milhões de teus dos 3,8 milhões totais movimentados em Colón”, disse o
executivo.
Segundo ele, o MIT recebe em torno de 2.400 navios por ano, mantendo um
promedio reduzido de movimentos por embarcação, que se deve a grande quantidade
de barcos pequenos que vão ao Caribe e têm limitações com terminais com pouca
profundidade. Ou seja, o complexo atua como um grande hub, com grandes barcos
alimentadores de outros menores que redistribuem as cargas pela região.
Croston
destacou que as operações envolvem número equilibrado de embarcações
procedentes da Ásia, Europa e América Latina, sendo que 90% dessas cargas ficam
no continente. “Estamos estabelecendo o Panamá como um hub moderno, com muita
tecnologia para controlar todo tipo de carga, especialmente contêineres,
incluindo os refrigerados”, explicou.
O
dirigente observou que boa parte da tecnologia oferecida no terminal ainda não
é conhecida em outros lugares da América Latina. “Estas gruas ASC Automatizadas
King Crane já são utilizadas na Europa e na Ásia, mas o MIT é o primeiro
terminal continental a adotá-las. Ajudam muito com sua eficiência”, elogiou.
De
acordo com Croston, o manejo deste tipo de equipamento requer profissionais
mais qualificados, Mas garante que o seu uso não significa redução de mão de
obra, uma vez que a demanda cresce com a maior eficiência, exigindo assim
contratação de mais gente, sempre com formação melhor.
Entre os desafios para o MIT, o
executivo cita o aumento da capacidade portuária em países próximos como a
Costa Rica e mesmo em outras áreas do Panamá. “A consolidação da tecnologia
está avançando cada vez mais rapidamente, assim como a concorrência, forçando
ao aperfeiçoamento”, acrescentou Croston, justificando a necessidade de
evolução constante.
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