quarta-feira, 22 de abril de 2015

Governo não aceita tabela de preços mínimos para o frete e caminhoneiros ameaçam com nova greve

      A terceira reunião entre representantes dos caminhoneiros e o governo federal para discutir questões relacionadas ao preço do frete terminou há pouco sem um acordo. O representante dos caminhoneiros autônomos, Jamir Botelho, disse que o governo não aceitou a definição de uma tabela de preços mínimos para o frete. 

      "A resposta que tivemos é de que pode haver apenas uma tabela de referência. Reconhecemos que o governo tem se esforçado, mas nos sentimos derrotados", afirmou Botelho após reunião na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Na saída da reunião, diversos caminhoneiros deram as mãos e gritaram: "O Brasil vai parar". A categoria ameaça voltar a bloquear as rodovias a partir desta quinta-feira, 23, como aconteceu no começo do ano.

      O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca, confirmou que a categoria está preparada para começar as paralisações nas rodovias a partir da zero hora desta quinta. "As tendas já estão armadas e a categoria já está preparada", ameaçou ele.

      O sindicalista defendeu ser possível o estabelecimento de um preço mínimo de frete, embora o governo julgue a proposta dos caminhoneiros inconstitucional. "Existem produtos tabelados como o cigarro e o que queremos é uma tabela de custos do transporte. Seria um preço mínimo e, a partir desse patamar, haveria livre concorrência", finalizou.

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