sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Cade abre processo para apurar possíveis práticas anticompetitivas pelo Tecon Suape


          A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo administrativo para apurar supostas práticas anticompetitivas pelo Tecon Suape, um operador portuário do Complexo Portuário e Industrial do Suape, em Pernambuco. O caso começou a ser apurado em junho de 2015, após representação da Atlântico Terminais e da Suata Serviço Unificado de Armazenagem e Terminal Alfandegado, que prestam serviços de armazenagem alfandegada no Porto de Suape.
           As denúncias apontaram que o Tecon detém monopólio da atividade de operação portuária. As empresas também alegaram que o Tecon estaria cobrando indevidamente dos recintos alfandegados independentes uma taxa adicional à tarifa básica, denominada informalmente como THC2, para a movimentação em solo de cargas oriundas de importação. Essa cobrança teve início em janeiro de 2011.
          A superintendência do Cade concluiu que a cobrança de THC2 teria afetado a concorrência no mercado, aumentando de forma artificial a receita do Tecon. Além disso, essa cobrança dificultaria a atividade dos recintos alfandegados independentes. Isso teria causado uma posição menos competitiva para os importadores.
           Com o processo, o Tecon Suape será notificado para apresentar defesa. A superintendência do Cade está analisando outro processo administrativo envolvendo o Tecon que foi instaurado em maio. Trata-se de apuração de indícios de práticas anticompetitivas devido à cobrança de outra taxa adicional, chamada de "tarifa segurança".

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