segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Especialistas afirmam que exportadores têm chances de melhorar o desempenho se o dólar se estabilizar

       O sócio da PwC Brasil, Fábio Abreu, afirmou que apesar da escalada do dólar ter sido um fator negativo em vários balanços nos seis primeiros meses do ano, caso a moeda norte-americana se estabilize vai criar oportunidades às empresas para voltar a explorar o exterior. "Se o cenário deve ser complicado para quem tem negócios centrados no mercado interno, as exportadoras têm chance de melhorar o desempenho.
       Segundo ele, a balança comercial começa a dar os primeiros sinais de recuperação. "O Brasil estava há alguns anos com um nível de demanda tão grande que muitas empresas deixaram o mercado externo de lado e isso demora a recuperar", explicou Abreu.
       Já o professor de finanças do Ibmec, Gilberto Braga, ponderou que no caso das exportadoras, as perspectivas mais favoráveis são para os setores de grãos, carnes e celulose, mas permanecem ruins para minério de ferro, afetando companhias como a Vale. "Os bancos, que se saem bem mesmo em períodos bicos, um sinal de alerta pode ser o aumento da carga tributária ameaçado pelo governo na tentativa de melhorar a arrecadação", advertiu o especialista.
       Fábio Abreu ressaltou, contudo, que "caso o governo federal persista com as medidas de austeridade fiscal e busque uma aproximação com os Estados Unidos, há chances de um futuro melhor começar a se desenhar." O conselheiro do Cofecon (Conselho Federal de Economia), José Luiz Amaral Machado, arrematou que "a atividade só inicia a reação quando a crise política começar a se dissipar."

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