O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá autorizar na próxima semana o desembolso da primeira parcela
do empréstimo de R$ 10 bilhões (US$ 3,8 bilhões) para a Sete Brasil
Participações, cujo atraso de dois anos na liberação ameaça colocar a
fornecedora de sondas de perfuração de petróleo em default, de acordo
com duas pessoas com conhecimento direto do assunto. O banco estatal deve
assinar a liberação da primeira parcela de R$ 3,5 bilhões do
empréstimo, que a Sete receberá em um ou dois meses, informaram fontes ligadas ao governo. A instituição primeiro atrasou a aprovação e depois os
desembolsos à Sete Brasil várias vezes desde o final de 2012 pela
falta de garantias, de reveses no financiamento internacional e após
desentendimentos em contratos da Sete Brasil com operadores de
plataformas, segundo essas fontes. A Sete Brasil conta
com os recursos do BNDES para evitar um calote técnico que aceleraria os
pagamentos de obrigações da companhia. A companhia tinha R$ 13 bilhões em dívidas em setembro, incluindo os R$ 10,7
bilhões em empréstimos que vencem até abril, segundo o balanço da
empresa. A Sete Brasil tem a Petrobras, o BTG Pactual, o
Itaú BBA e o Banco Bradesco entre seus sócios e credores e já apresenta
atrasos no pagamento a estaleiros contratados para construir
plataformas, de acordo com o sindicato da indústria da construção naval,
o Sinaval. Assim que o BNDES aprovar os
recursos, o Banco do Brasil deve aprovar um empréstimo-ponte de cerca
de R$ 800 milhões para ajudar a empresa, sediada no Rio de Janeiro (RJ) em suas necessidades imediatas de fluxo de caixa, de acordo com três
fontes.
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