A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) divulgou estudo informando que em
2014 a participação do país nas exportações mundiais caiu para 1,21%, marca
igual à de 2008 e a expectativa para este ano é de ficar em 1,14%. Os dados levaram o presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço, a calcular que nesse
ritmo, antes do final da década, essa porcentagem estará perto de 0,8%.
“Essa é uma previsão, que assume ares de catástrofe, e faz-se porque as
cotações mundiais de commodities, que até aqui vinham
sustentando o superávit na corrente de comércio, estão em baixa, devendo
registrar uma queda de 10,2% na receita de exportação, conforme previsão
da AEB”. Segundo Lourenço, isso se dá porque há uma oferta em nível superior
à demanda internacional de produtos como minério de ferro, soja e
petróleo. No caso de petróleo bruto e óleos combustíveis, a queda deverá
ser compensada pela elevação da quantidade exportada. “Mesmo assim, a
previsão é que as commodities venham a apresentar uma redução de 10,2% na receita de exportação”, afirmou. O executivo destacou que os manufaturados vêm apresentando queda livre
desde 2008, “o que é uma demonstração inequívoca do fracasso da
política de comércio exterior adotada pelo País nos últimos 12 anos”.
Embora a taxa cambial média prevista de R$ 2,75 possa proporcionar
alguma competitividade a alguns segmentos, a perspectiva não é otimista,
principalmente em razão da situação instável do principal mercado de
destino, a Argentina, e de outros países sul-americanos.
Esses países enfrentam também problemas com a queda nas cotações de suas commodities e
devem ter menor poder de compra. Nesse sentido, a Venezuela e a Rússia,
passam por situação econômica difícil, o que poderá produzir efeitos
negativos nas vendas de produtos manufaturados para esses mercados.
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