O porto do Rio Grande, apesar da crise econômica e da questão cambial, vem sustentando a estimativa feita na metade do ano de igualar, ou até mesmo superar, em 2015 a movimentação de cargas de 2014, quando foram atingidas em torno de 34,5 milhões de toneladas. "Quiçá, podemos ter alguma melhora, por incrível que pareça", disse o diretor técnico do porto do complexo gaúcho, Darci Tartari (último da direita na foto).
A perspectiva é respaldada pelo fato de em agosto o porto ter registrado o recorde histórico em movimentação de cargas em apenas um mês, chegando a 4,067 milhões de toneladas. Segundo Tartari, esse resultado é devido, principalmente, à soja e aos seus derivados e às exportações que são beneficiadas com a alta do dólar. Em contrapartida, o diretor admitiu que a valorização da moeda norte-americana prejudica importações como, por exemplo, as de fertilizantes. "Mas, para nossa agradável surpresa, a exportação está superando o déficit de importação", revelou.
O otimismo geral em relação ao porto é compartilhada pelo Tecon Rio Grande, o terminal de contêineres que opera na cidade. O gerente comercial do terminal, Rodrigo Velho, destacou que a crise afeta todos os setores da economia e isso reflete no terminal. O executivo, no entanto, disse esperar que seja possível fechar o ano com um resultado próximo ao do ano passado, ou um pouco superior, quando foram movimentados cerca de 687 mil teus.
Um segmento que está rendendo bons resultados para o Tecon, no momento, é a cabotagem. No mês passado, a movimentação de cargas no terminal, levando em conta o transporte entre portos brasileiros, foi 35,1% superior no comparativo a agosto de 2014. Foram deslocados 4 mil teus, especialmente de cargas de arroz para o Norte e para o Nordeste do país. No acumulado dos oito primeiros meses de 2015, o incremento foi de 15,4%, em relação ao mesmo período do ano passado, oriundo do transporte de 27,7 mil teus.
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