quarta-feira, 24 de setembro de 2025

MSC começa a operar em outubro serviço direto da América do Sul para o Oriente Médio


 

A MSC lançar a partir de outubro um novo serviço direto da América do Sul para o Oriente Médio, com o porto de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) como um hub estratégico de transbordo. A rota foi projetada especificamente para o transporte de cargas refrigeradas com destino aos principais portos do Golfo Pérsico.

Exportadores e importadores sul-americanos na região se beneficiarão de tempos de trânsito mais curtos: menos de 33 dias para Abu Dhabi, 38 dias para Shuwaikh (Kuwait) e 39 dias para Hamad (Catar). A primeira viagem está programada para partir de Itajaí no navio "MSC Shreya B", viagem QJ539R.

O itinerário do novo serviço será o seguinte: Buenos Aires – Rio Grande – Itajaí – Navegantes – Paranaguá – Santos – Rio de Janeiro – Walvis Bay – Abu Dhabi – Singapura – Qingdao – Busan – Ningbo – Xangai – Shekou – Singapura – Colombo – Rio de Janeiro – Santos – Paranaguá – Itapoá – Itajaí – Buenos Aires.

APS assina convênio para implantar Centro Tecnológico em Gestão do Porto de Santos

 

A Autoridade Portuária de Santos (APS) e o Parque de Inovação Tecnológica (PIT) de São José dos Campos assinaram, nesta semana, um convênio para instalação do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Gestão do Porto de Santos. A assinatura contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e do prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias.

O evento aconteceu em São José dos Campos (SP). De acordo com o presidente da APS, Anderson Pomini, o acordo com o PIT é um lançamento do Porto do futuro: “o Porto de Santos cresce de forma que nos impõe uma grande responsabilidade, o crescimento com planejamento”, disse Pomini. “O papel do Porto é buscar no País as melhores parcerias, por isso procuramos o PIT, um dos principais polos de tecnologia do Brasil”, acrescentou Pomini.

O Centro será instalado em uma das oficinas da sede da APS. O projeto vem sendo desenvolvido há mais de um ano pela equipe técnica da Autoridade Portuária. A parceria entre APS e PIT tem como prioridade a otimização do agendamento de cargas rodoviárias no Porto de Santos e a inovação no sistema portuário. O acordo com a APS foi assinado pelo presidente do PIT, Jeferson Cheriegate.

 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Mais de 530 porta-contêineres encomendados até agosto poderão operar com combustíveis alternativos na entrega


 

Até o final de agosto 534 navios porta-contêineres atualmente em carteira de encomendas serão capazes de operar com combustíveis alternativos na entrega, representando 53% dos navios encomendados e 77% da capacidade medida em TEUs, de acordo com Niels Rasmussen, analista-chefe de transporte marítimo da BIMCO. A esses navios se juntam outros 321 encomendados que operarão com óleo combustível pesado e outros 155 que serão entregues prontos para futura conversão para combustíveis alternativos.

O interesse em novas tecnologias de propulsão é particularmente forte entre os navios de grande porte: entre os navios com 8.000 TEUs ou mais, 81% dos pedidos são de embarcações movidas a combustíveis alternativos, representando 85% da capacidade em construção. “Apesar do aumento de pedidos nos últimos anos, os outros três principais segmentos de transporte marítimo — graneleiros, petroleiros e petroleiros — ainda estão atrás dos navios porta-contêineres. Nesses mercados, os navios com combustíveis alternativos representam apenas 8%, 17% e 9% dos pedidos, respectivamente”, acrescentou Rasmussen.

A explicação pode estar na estrutura do mercado: enquanto o setor de navios porta-contêineres é dominado por algumas companhias marítimas globais, os segmentos de granéis e petroleiros têm uma presença muito maior de armadores menores, o que limitaria a capacidade de investimento. Em relação às opções tecnológicas, o GNL continua sendo o combustível alternativo mais popular, respondendo por dois terços dos pedidos nesse segmento. O metanol, que liderou os pedidos em 2023, agora responde por 31% do total, ficando atrás do GNL.

O retorno do GNL como primeira opção revela uma preocupação fundamental: a disponibilidade de combustível. Embora a tecnologia para operações de baixa emissão esteja disponível, a infraestrutura de fornecimento ainda avança lentamente. Atualmente, o GNL é oferecido principalmente na forma de combustível fóssil, mas, no futuro, poderá levar a alternativas de menor carbono, como o bio-GNL ou os combustíveis eletrônicos. Se as projeções se concretizarem, e assumindo que nenhuma embarcação deste tipo seja reciclada, até 2030 a frota de navios porta-contêineres totalizará 837 embarcações movidas a combustíveis alternativos e uma capacidade de 10,9 milhões de TEUs, o que pode ser equivalente a mais de 25% da frota global em operação.